Palavras,
Elas são infinitas.
São confiáveis e perigosas.
Palavras que nos fazem levantar, quando queremos ficar deitados.
São pontes, mas podem transformar-se em barreiras.
Saem sem pensar, sem querer.
Machucam, curam,
Constroem, destroem,
Enganam e consolam.
Podem ser suave como balões de ar que nos levam à luz,
Ou pesadas como âncoras que nos afundam à escuridão.
Há aquelas que são gritadas aos sete ventos, mas doem.
Todos buscam, nas palavras, um conforto.
Elas dopam como se fossem drogas.
Algumas precisam ser repetidas, sempre.
Palavras,
Alegram, entristecem.
Nos leva ao céu e ao inferno.
Algumas se perdem dentro de nós,
Outras não saem da mente.
As sinceras, boas ou não, se imortalizam.
Mas, além de tudo, devemos nos policiar e medi-las.
Pois, elas deixam marcas,
No tempo, no coração e na alma.
(Bruno Alves)